sexta-feira, 8 de junho de 2012

Uma respeitosa resposta a uma ponderação – honesta! – sobre a greve dos professores da rede estadual da Bahia em 2012.

Meu caro “amigo”: realmente sou professor, mas, antes disso sou cidadão. Entendo que não só professores, alunos e pais de alunos deveriam preocupar-se com o estado deplorável da nossa educação pública. E não estou falando apenas desta greve. Esta é apenas mais uma febre que indica o quadro grave da educação neste país.
Como você torço que a greve acabe, que os "homens" tenham o bom senso de convergir numa solução a este impasse. Porém, penso que nesta história não existem mocinhos e inocentes. A própria sociedade que se omite e não cobra de governantes e profissionais atitudes e entendimentos é cúmplice deste caos.
Pergunto: Só criamos consciência destas coisas quando é deflagrada mais uma greve? Só nos damos conta dos prejuízos e danos deste estado de coisas depois de 60 dias de paralisação? No espaço de um ano letivo, quantas vezes os pais vão às escolas participar ativamente da educação dos seus filhos? A sociedade, por este instante "indignada e preocupada", sabe o que é um conselho ou colegiado escolar e compreende a sua força?
Meu caro “amigo” e demais: o bolo amargo da educação deve ser repartido e todos nós temos que nos deliciar com o seu pedaço infeliz... Um abraço!!!

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