sábado, 12 de março de 2011

Coisas que me deixam feliz.

Olá a todos!!!
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Diametralmente a linha do meu último comentário explanarei aqui uma situação que me deixa muito gratificado como profissional. Estou falando da felicidade como professor de ver muitos dos meus antigos alunos que conviveram comigo na busca pelo conhecimento seguirem firmes nas suas vidas profissionais e acadêmicas.
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São advogados, pedagogos, engenheiros, contadores, historiadores, economistas, técnicos, trabalhadores dignos. Mais feliz fico é quando alguns destes (e são muitos) reconhecem na figura do professor a importância no apoio ao rumo que tomaram e o valor da sua escola. ETERNOS ALUNOS!!!
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Não citarei nomes pois fatalmente esquecerei muitos. Ou até mesmo não saberei ao certo quantos entram nesta ampla estatística. Jovens de valor, jovens vindos da escola pública. Contrariando a muitos eternos contrariados, digo: a educação tem jeito!!! Basta todos nós tomarmos jeito!!! E prumo na vida!!!
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Um abraço a todos!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tá díficil ser professor no Brasil!!!

Olá a todos!!!
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Primeiramente quero comunicar a aqueles que acompanham ou refletem a partir de algumas das minhas - muitas! - reflexões que pretendo, daqui para frente, registrar mais indagações neste espaço. As lutas diárias as vezes nos prendem e nos limitam no tempo. Deixarei mais registros daqui em diante.
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Retorno querendo fazer uma reflexão e provocar uma discussão. A Presidente Dilma Roussef, quando da sua posse, disse, que o professor é a verdadeira autoridade da educação. Confesso que fiquei tocado. Palavras bonitas e empoladas. Associadas dias depois a fala do ministro da educação reconhecendo a defasagem de pelo menos 40% na remuneração média dos professores comparados as profissões similares em nível superior e a toda propaganda estatal na reconquista da auto-estima docente e tentando atrair jovens para o magistério, confesso novamente, fiquei otimista. Elevei-me do meu quase sempre patamar realista para ingressar ao menos 5 a 10% no nível do otimismo. Pelo percentual indicado, vejam que não cheguei ao patamar do otimismo exarcerbado.
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É neste ponto que vejo e, obedecendo a minha formação de historiador, na qual aprendemos a perceber as relações e as transformações na longa duração, a longo prazo, é que visualizo que a real (re)valorização do professor ainda demorará algumas décadas para acontecer de fato.
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Em primeira abordagem vemos a continuidade de um patamar mísero na remuneração dos professores. Um piso salarial de R$ 1.187,08 para 40 horas, quando o regime básico de trabalho do professor é de 20 horas nos diversos sistemas de ensino público do país, redunda em um piso real de R$ 593,04 para 20 horas. O que ainda é mais triste é o fato de estar inserido no valor do piso os valores das gratificações. Por isso, como exemplo, o Governo da Bahia cumpre oficialmente os valores preconizados na lei do piso. Uma boa ação da presidente e dos honrados parlamentares seria, pelo menos, emendar a lei alterando o seu texto fixando o piso para 20 horas e definindo os seus valores para vencimentos básicos da carreira, o chamado salário base. Como uma ação dos estados, estes poderiam fixar outros valores em leis estaduais para o piso em suas jurisdições, obedecendo a lei maior.
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Uma outra questão, muito mais de auto-estima e respeito, é o ataque que a profissão docente sofre. O professor é "bombardeado" por esta sociedade que, demagogicamente, enuncia por aí que o respeita e considera a sua função e profissão: família, alunos, sistemas de ensino, justiça, imprensa... as vezes os próprios professores engolem-se entre si. Não vejo faltar com tanto respeito assim com advogados, médicos, entre outras profissões. Óbvio, existem pessoas fora deste espectro nocivo e ofensivo ao professor e por consequência a educação como um todo. Tira-se a "autoridade" do professor em sua prática. A autoridade que a presidente tanto propagou.
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Enfim, como dizem por aí "o negócio tá brabo". Vejo muitos desistindo. Desistem das posições de gestão, de escolas, da profissão, e, em casos extremos, da alegria da vida. Ironizo as vezes dizendo que um dia o professor será a profissão melhor remunerada pelo simples fato de que não vai ter mais ninguém que queira sujeitar-se a exercer esta penitência, digo, função.
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Eu, por enquanto, estou exercendo a minha. E, minha cara presidente: com toda a AUTORIDADE que conquistei formando-me PROFESSOR, com todas as letras maiúsculas. Formei-me professor na universidade, na sociedade, na vida, no organismo, na minha alma!!!
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Um abraço a todos!!!